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CARNAVAL, REVEILLON E MPB


Ela gostava de MPB.

Ele não.

Ela acreditava no além.

Ele não acreditava em nada além dele.

Ela gostava de tudo, menos de Elis Regina.

Ele gostava de tudo, mais de Ramones.

Ele a amava.

Ela também.

Ele não sabia nada.

Ela o ensinou.

Ele aprendeu.

Eram duas figuras totalmente diferentes uma da outra, porém muito iguais.

Esquisito não?

O destino existe? Será?

- Você me ama? – ele perguntou inseguro demais apesar da sua idade, segurando-a pelos seus ombros largos e deliciosos com paixão e muito tesão. Com muita paixão e muito tesão. Amava (ela e os seus ombros desnudos).

Ela sorriu. Muito mais nova que ele, muito mais nova que ele, porém muito mais madura, com certeza – Claro. Claro que amo, seu bobo.

Ele chorou.

Ela sorriu. Sorriu e secou as suas lágrimas.

- Não chora – ela pediu – Por favor.

- Não consigo – ele respondeu.

- Não? – ela insistiu dando-lhe um beijo carinhoso e delicado em seu rosto – O amor existe, seu bobo. Basta acreditar.

Ele secou as suas lágrimas e com a voz tonta e embargada apenas respondeu - Eu sei. Eu sei que existe. Demorei, para perceber isto não?

Ela sorriu seu sorriso mais lindo – Nunca é tarde. Bobo. Ao menos você percebeu. Antes tarde do que nunca. É bom aprender a ser feliz.

- Te amo – ele disse.

- Eu também – ela respondeu com um sorriso.

Ela gostava de MPB.

Ele não.

Ela acreditava no além.

Ele não acreditava em nada além dele.

Ela gostava de tudo, menos de Elis Regina.

Ele gostava de tudo, mais de Ramones.

Ele a amava.

Ela também.

Ele não sabia nada.

Ela o ensinou.

Ele aprendeu.

Esquisito não? Como destino pode ser tão brincalhão assim? Como?




Comentários

Lô disse…
The best ever.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,