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O QUE A FOTO NÃO REGISTRA


Fotos.
Fotos e mais fotos.
Ainda existem fotos?
Não sei.
Mas fotos são o máimo.
O máximo.
Registram sorrisos e tudo mais.
Sorrisos e tudo mais.
Tudo mais.
Mas o aroma do perfume não se registra.
Não.
Vontade e os desejos também não.
Não se registram.
O sabor da saliva também não.
O aroma do amor.
O aroma.
Mas são apenas fotos.
Fotos.
Fotos e mais fotos.
Sorrisos e tudo mais.
Tudo mais.
Apenas faces e faces e faces.
Sem odores e sabores.
Nada de desejos.
Nada de vontades.
Nada de arrependimentos.
Nada.
Fotos.
Fotos e mais fotos.
Sorrisos e tudo mais.
Tudo mais.
Mas o aroma do perfume não se registra.
Ele fica na memória.
Na memória do primeiro beijo deles.
O primeiro.
O primeiro...
Com muito aroma.
Com muita vontade.
Muita...
Muito...
Mas o aroma do perfume... ah, este não se registra...
Não.
Infelizmente.
Fica na memória.
Apenas.
Apenas isto...
O que já é muito...
Muito...
Muito...



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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,